A PILITA ALENTEJANARija, enquanto durou.Agora q'amolengoue antes q'a morda a cobra,Vou atá-la c'uma cordaPra ela nã me fugiri.Preciso da sacudiri,Leva tempo pá'cordáriJá nem se sabe esticári.Más lenta q'um caracoli,Enrola-se-me no lençoli.Ninguém a tira dali,Já só dá em preguiçári.Nada a faz alevantáriE já nã dá com o monti,Nem água bebe na fonti.Que bich'é que lhe mordeu?Parece defunta, morreu.Deu-lhe p'ra enjoári,Nem lh'apetece cheirári.Jovem, metia inveja.Com más gás q'uma cerveja,Sempre pronta p'ra brincári.Cu diga a minha Maria,Era de nôte e de dia.Até as mulheres da vila,Marcavam lugar na fila,P'ra eu lha poder mostrári !Uma moura a trabalhári,Motivo do mê orgulho.Fazia cá um barulho !Entrava pelos quintais,Inté espantava os animais.Eram duas, três e quatro,Da cozinha até ao quartoE até debaixo da cama.Esta bicha tinha fama.Punha tudo em alvoroço,Desde o mê tempo de moço.A idade nã perdoa,Acabô-se a vida boa !Depois de tanto caçári,Já merece descansái.Contava já mê avô:"Niuma rata lhe escapou !"É o sangui das gerações.Mas nada de confusões,Pois esta estória aqui escrita,É da minha gata a..... Pilita !
AI A MAGANA DA PILITA.... TÁ ENVÉLHECENDO... TADITA!
AI A MAGANA DA PILITA.... TÁ ENVÉLHECENDO... TADITA!